Palavras que nunca te direi

 

  Quem será esta rapariga que se apoderou do meu ser? quem será esta pessoa que agora tem vícios, manias.
  Qual será o porque de tanta mudança, porque tantos pontos finais tornados interrogações.
  A noite caí e eu não quero nada, apenas um cigarro a beira mar, preciso de saciar a fome, a azafama do desejo. Preciso de um desenho à beira mar. Este é o poder que o vicio exerce sobre os mais fracos. O poder que talvez nunca tivemos, o controlo que perdemos diante uma discussão, diante um sofrimento, um golpe mais profundo.
  Onde está a determinação, a confiança e o orgulho, terão ido juntamente com a força que perdi quando me entreguei ao vicio? Quando quase perdi tudo o que me pertencia, quando te chamei, quando gritei por ti, quando não obtive qualquer resposta. As palavras que nunca foram ditas por ti, pela tua falta de coragem, sinceramente, não sinto falta delas. Encontrei outro alguém, no entanto não me consegui despedir do que provocaste em mim, da rotina, do vicio.