Amor com distância #4

Era um dia de sol porém um dia frio e ventoso, como é habitual nessa tua cidade. Mas já nada importava, de facto já nem o vento me atingia, a intensidade com que o eu coração batia era a suficiente para aquecer o resto do corpo.

 Já não importava o facto das flores não brilharem no jardim, o facto do sol já não aquecer o tanto que eu queria, já nem queria saber do facto das ondas serem três vezes maiores que eu. tu davas-me um oceano que, embora mais pequeno, se tornava enorme em mim, com imensos tesouros por descobrir que à medida que o tempo ia passando eu ia descobrindo e fazendo de tudo para que os partilhasses comigo. Não tinha nada meu a volta, ou melhor, tinha-te a ti comigo e isso fazia de tudo o que estava à minha volta meu.

A tarde passava rápido, como tudo o que é bom. Tivemos tempo para nos conhecermos melhor, para mimos e tu conseguiste fazer as minhas bochechas corar a frente de toda a gente e oh, o quanto eu adorei esse momento, como não era suposto acontecer, mas tu deste-me a conhecer parte de ti, descobri até que ponto eras capaz de brincar e também até que ponto eras capaz de me dar conforto, deste-em tanto conforto que parecíamos um só, pois um dia ouvi dizer que não existe pessoa que mais amemos do que nós próprios, connosco as coisas não pareciam ser assim...

 A tarde foi tão bem passada que em poucas horas fizeste com que mais uma vez eu me sentisse tua. Presa nesses teus braços sem motivo para fugir. O teu sorriso e felicidade era o que me fazia pertencer ali, ao teu coração.

A história continua