15.1.13


O quanto eu ansiava voltar a escrever aqui.
Ultimamente tenho tido saudades minhas, não é que isso seja de todo mau. Eu lembro-me de ter defeitos, lembro-me triste, desanimada, lembro-me de acordar com olheiras e não ter vontade de sorrir. A minha ultima recordação foi de um treino, um treino dos típicos em que uso tudo o que tenho para descarregar no meu estado físico, isso sempre foi algo que nunca funcionou bem, desgastar o físico pensando no psicológico. Mas do que eu tenho realmente saudades é da minha forma de escrever. Parece que levaste o jeito contigo e agora, que me sinto com sentido, as minhas palavras deixaram de o ter. 
 Parece que a escrita foi mais uma coisa que levaste contigo e isso deixa-me triste. Tu sabes que um dos meus maiores prazeres era a escrita, mas por vezes parece que só há escrita quando há dor. 
 Agora já nem consigo escrever sobre os duros treinos, as lesões que têm surgido e até mesmo o dia-a-dia atarefado. Já não escrevo sobre o palco, sobre a vida... Mas sinto-me viva por fora e por dentro. 
 É estranho saber que finalmente tenho tudo aquilo que queria, a felicidade, mas que voltaria atrás só para poder saborear mais um pouco da minha escrita profunda e dolorosa. 

5 comentários:

  1. Uma palavra para definir este texto: fantástico.
    Sinto precisamente o mesmo e adoro esta passagem: "Mas do que eu tenho realmente saudades é da minha forma de escrever. Parece que levaste o jeito contigo e agora, que me sinto com sentido, as minhas palavras deixaram de o ter."

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  2. não tens de quê!
    oh, como compreendo este teu texto! os meus textos são sempre um pouco melhores quando existe dor, melancolia e tristeza... é estranho, mas completamente verdadeiro. é o que já tenho dito em muitos dos meus textos mais recentes: "não sou dada a romantismos e não sei escrever cartas de amor". <3

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  3. pois Tiz , digamos que ambas estamos a merecer (:

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  4. É estranho mesmo sentirmos saudades de nós .
    Mas acontece :)

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  5. é a dor que faz escrever, é verdade,mas também o sorrir, o sol, a chuva...é só deixarmos ir...

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