Thank you*

Está a chover lá fora, o que não deixa duvidas que o inverno chegou. Senti necessidade de me agasalhar, e sabes a que é que isto me desperta? A um pensamento quase perdido, mas permanente em mim. Estaria-mos perto de celebrar dois anos juntos. 

Não posso dizer que não tenho saudades, pelo menos, não o nego quando escrevo. Éramos quase perfeitos quando estávamos juntos. Era especial, algo inimaginável. Cheguei a sentir o mundo quando me deitava ao até lado. Eu tinha tudo. Por esta altura estaríamos os dois numa guerra de cocegas e eu tinha vestido um dos teus casacos, ou então, um fato de treino quente. Provavelmente mergulhávamos num mar de lenços de papel usados para limpar o meu nariz, discutíamos sobre a próxima musica a ouvir e sobre os melhores cantores. Não sei argumentar contra ti quando se trata de música, confesso  Mas sei que sempre ganhei as guerras parvas de porrada. Fazias mesmo parte de mim e quando partiste fizeste mesmo muita falta. 

 Hoje fui capaz de ver todas as nossas fotografias sem deixar cair uma única lágrima e sem conter nenhuma, foi estranho, na minha cara formaram-se sorrisos que boas recordações. Estou bem agora, como estou, assim. 

 Hoje foi também um passo importante, pus a hipótese de voltar a escrever a história que anteriormente tinha iniciado. Fizeste-me bem, quando chegaste e quando partiste.