venha 2014*

 

Acho que é habitual em mim relembrar tudo o que me construiu e deitou abaixo no ano anterior.
 O ano que passou não foi definitivamente um ano fácil, não foi fácil de passar e muitas vezes me interroguei o porque de o ter de viver. Descobri algo no 2013 que nunca teria descoberto se ele não tivesse sido como foi. A minha força, garra e vontade de lutar. O ano que passou foi duro do inicio até ao fim. Não tive espaço para um bom momento que me preenchesse completamente porque havia sempre algo que me preenchia a alma e me sufocava o coração. O amor. Não falo de um amor banal, refiro-me a um sonho que se viu completamente destruído durante muito tempo.
 Foram muitas as vezes que tive que desistir de algo. Perdi a conta das aulas de desporto que acabei a chorar com dores ou as vezes que tive que recorrer aquelas que vieram a ser as minhas melhores amigas, as muletas.
 Tive grandes momentos de recaídas, muitas gargalhadas quebradas, muito stresse e acima de tudo muito bons amigos e um bom companheiro. As minha palavras são poucas para aqueles que fizeram o meu dia-a-dia e suportaram cada vez que baixei a cabeça e cruzei os braços. Tenho a agradecer um mundo por todas as vezes que nao me deixaram desistir de algo.
 Acabei por abandonar o que mais amava e continuo a amar, o meu desporto, o meu escape. A ginástica.
 Não sei como tive força para o fazer mas como sempre me disseram «por vezes temos de impor limites ao nosso corpo e o meu já tinha passado há muito», agradeço a minha treinadora por essas palavras que me fizeram abrir os olhos.
 Acabei 2013 de muletas, fui operada e provavelmente a lesão esta resolvida e eu estarei recuperada em tempo mínimo. Não me arrependo de ter tido uma passagem de ano sentada no sofá a ver os programas da televisão à espera da meia noite para que pudesse pedir desesperadamente os meus desejos para 2014.
 Foi assim... Hoje comecei a caminhar e não há nada que me deixe mais contente do que uma rápida recuperação. As dores não passaram, ainda ando com uma muleta e tenho pontos em dois sítios do pé mas se tudo correr bem quem sabe eu não volto à ginástica ainda este ano..
Fantástico não é? Não há nada como começar um novo ano cheio de esperança e garra.