3 carta

 

 Talvez amar não seja mesmo aquilo que pensamos, talvez um erro não possa ser ultrapassado assim, talvez eu não possa desculpar tudo ao máximo, talvez tivesse sido tudo isso que fizesse com que eu me torna-se aquilo que sou hoje. Uma rapariga que nunca se deixou ir abaixo e que de um momento para o outro se tornou no oposto, sensível, exposta a todos os males, e com muita pena minha tudo isto só aconteceu quando me viraste as costas e deixaste que esse maldito orgulho se aproveita-se da tua estupidez, e agora que a perdeste deixas que ele continue a apoderar-se de ti. Que tipo de pessoa és?

 Pois bem eu sei que tipo de pessoa és. És aquele que foge a tudo o que lhe diz respeito, aquele que não sabe o que é uma promessa e um compromisso, com muita pena minha, és aquele que eu nunca quis para mim, e apenas me apercebi disso depois de sofrer, porque?

 Porque é que mentiste? não sabes ser tu mesmo, tu és consoante o teu parceiro e não é isso que ninguém se eu te quisesse comigo era pelo que tu eras, não pelo que julgava que fosses, ou por aquilo que tu parecias ser. Eu amava-te e tu desprezavas-me. Talvez amar seja perigoso, ou talvez sejamos nos mesmos a destruir aquilo que construirmos pelo cansaço, pela falta de prazer, pela falta de estabilidade e de vontade, foi isso? Eu aceitava a tua resposta, se algum dia a tivesses dado, mas tu preferiste ficar no teu silêncio e mudar o sentido, e eu vi-me obrigada a rastejar até ao final sozinha até que encontrei uma pessoa que me fez ver que aquele não era o caminho, pegou em mim e levou-me pela mão virando as costas ao mundo, virando as costas aqueles que disseram que nada ia dar e agora, ao final de um ano tenho um novo caminho feito, ao lado de quem me faz vibrar e lutar sem contrapartidas por aquilo que eu quero, por aquilo que sonho. 

Muito obrigada meu amor