15.3.12

O amor nasce não sei onde, vem não sei como e doí não sei porquê.



 Um pouco atordoada. Despenteada, diria até mesmo cheia de ''rastas'' devido aos cabelos longos que me passavam o meio das costas todos engelhados, os olhos estavam disfarçados com a maquilhagem do dia anterior e eu não me importava com o quão horrível eu estava... Foi assim que acordei e sem querer assim fiquei durante todo o dia.
 Simplesmente levantei-me e sem dar importância ao quanto mal eu estava enchi uma tigela de cereais com leite, apenas porque tinha de ser. Com a primeira colherada reparei que o leite estava gelado, como eu detestava e como também eu estava naquela manhã, tal como tudo parecia estar na minha vida, gelado até mesmo quase congelado.
 -Hoje vou ficar de pijama, hoje não vou sair daqui.
 Talvez não tivesse sido realmente a melhor escolha. Mergulhei pelas memórias, pelas fotografia e o pior de tudo foi que mesmo sabendo que estarias aqui sempre que fosse preciso eu continuei pensando que tudo seria um fim, que tudo iria terminar, que nada mais iria acontecer, que tudo iria ser esquecido tal como o ''Nós'' que se perdeu ao longo do tempo, tal como tudo o resto quando estamos juntos, simplesmente iria perder-se. Eu seria a primeira a perder-me e a ultima a encontrar-me.
 Lavei a cara com as lágrimas que me escorriam lentamente, tinha a certeza que embora eu ali estivesse pensando em ti, como sempre aconteceu, tu jamais te lembrarias de mim jamais estarias a pensar no que passou e no que já não vem. Tu não estarias a pensar nas promessa quebradas e nas coisas que tínhamos para fazer, nunca na vida estarias como eu, cheia de interrogações, cheia de tudo e no entanto vazia por dentro. As lágrimas caiam cada vez mais e por mais que eu dissesse ''PÁRA'' elas não obedeciam e continuavam, continuaram até manchar papeis escritos por ti, até me fazerem implorar, até eu prometer que não voltaria a chorar. Sabes o que aconteceu depois da promessa? Fui pela primeira vez como tu e não a consegui cumprir apenas porque tu repetias sucessivamente as tais palavras que enquanto repetidas me destruíam mais uma bocadinho, mas não importa porque um dia eu serei tão ou mais forte que tu.
O que não mata torna-nos mais fortes.

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