Dia de um amor perdido.

Olá, meu amor. Desculpa se, estranhamente, ainda te chamo de ''meu amor'', mesmo isso não fazendo sentido para nenhum de nós. Na verdade serás sempre o meu amor. O meu primeiro amor.

  Sabes tão bem como eu que dia é hoje, eu sei que sabes. É impossível de esqueceres. Sabes também que este dia visto por nós no ano que passou seria um dia especial, se calhar tão especial como no ano passado. Talvez desta vez te fizesse uma surpresa tão boa como a ultima e tu irias presentear-me com uma flor, daquelas que só tu sabes fazer. 

 Por esta altura estaríamos a meio das nossas típicas conversas de horas, e tu já me terias dito que irias passar esta noite comigo, mesmo não sendo fisicamente irias passar a noite a pensar em mim. Na verdade, eu sentia-te ali comigo de cada vez que o dizias.

 Neste dia aposto que me levarias a ver o por do sol e que mimos não iriam faltar. Como sempre, irias fazer tudo para me agradar e ias conseguir arrancar as palavras que poucas vezes me conseguiste fazer pronunciar. «és perfeito», diria eu naquele momento. 

 Neste dia apenas uma coisa faria sentido. Nós. Mas não é assim e eu tenho aprendido muitas coisas com a vida e uma delas é que nem tudo faz sentido. 

 Hoje, dia 13, será mais um dia do calendário. O dia de um amor perdido mas nunca esquecido. O dia em que nós deveríamos de fazer parte da vida um do outro. O dia em que nós, mesmo não acreditando, pronunciaríamos as palavras que julgávamos imortais. «Para sempre, meu amor»