10.8.12

only a thought


Ainda não encontrei um lugar ao qual pudesse chamar de abrigo. Um abrigo que fosse a luz da minha própria escuridão. Um abraço que me desse o tanto conforto que o teu me dava quando as lágrimas teimavam em cair, um ombro onde eu tapava a cara nos meus ataques de riso. E esses ataques? esses ataques voaram com o amor que sentias. Já não existem tardes em jardins, dias de praia e horas de conversas. Já não existe preocupação, já não existe a forte amizade que, acima de tudo, tínhamos. A nossa forma de dar a mão voo, assim como todas as juras constantes que fazíamos quando as uníamos. Acabou-se o nosso apoio constante.
 Sinto saudades, não o posso negar. Eras tu quem fazia os meus dias valerem a pena, eras tu quem me ouvia e me fazia ver o certo. Foste tu quem me fez ver que o meu sonho estava um pouco ao lado dos meus objectivos. Agora aqui estou eu, a conquistar o que sempre disseste que iria ser meu, a conquistar tudo, sem o teu amor, sem o teu apoio. De cada vez que penso que sobrevivi à tua dolorosa partida sinto-me orgulhosa, sinto-me forte e capaz de tudo. Mesmo sendo tu a minha luz eu consegui guiar-me no escuro sempre pensando que um dia te encontraria de novo, mas não. Acho que os nossos caminhos seguiram rumos diferentes e eu lamento tudo isso. Sabes, eu amei-te como nunca amei ninguém, tu sabes de tudo isso e sabes também que eu não sou quem aparento ser. Não sou uma pessoa fácil, não tenho o melhor feitio.
 Parabéns, tu foste o único a conquistaste-me e o primeiro a abandonar-me.

6 comentários:

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