Morte.

E quando eu morrer queimem-me, desfaçam-me em cinzas, derretam-me com o calor. encham-me de fogo e não tenham pena de mim. 

 Chamas incandescentes invadem-me não só o corpo como também o sentimento. Esquecerei tudo, morrerá tudo e quando tudo se der por terminado, não chorem, atirem tudo aquilo que resta de mim ao mar.

 Façam de mim alguém livre. Livrem-me de todas as almas mortas que se encontram enterradas. Soltem-me, deixem-me livre.

 Vaguearei por todo o mundo e quando menos esperares estarei de volta.

 Libertem-me de uma forma justa, de uma forma corajosa, porque de facto estarás a despedir-te de alguém. Deixa-me viver a minha vida monótona e solitária, porque depois da morte é que começa a vida... Onde tu dás tudo e por muito que aconteça nunca sentes dor. 

 A minha alma é imortal e por isso estarei sempre presente. 

 Nota bem