Não, eu não te esqueci. Quem esquece nunca mais lembra o anoversário e datas importantes. Quem esquece não fala, não ri e não chora. Porque quem esquece, esquece tudo, inclusive o bem que a pessoa nos fez. Eu só esqueci o sentimento. Bem, eu não o esqueci, simplesmente pus de parte porque não havia mais nenhuma forma que levasse a que a ferida sarasse. Ela nunca fechou mesmo, apesar de o sentimento ter voado porque nós cometemos erros na vida. Amar-te nunca se tornou um erro. Amar-te foi um provilégio foi a forma mais dura e agressiva de crescer. Foi o que me levou a loucura e me fez sentir presa alguém. Foi isso que me levou a não confiar, a odiar que me controlassem porque independentemente de tudo e sou e quero ser sempre livre.
Quero correr pela praia e não ter memórias conjuntas por lá. A dor foi em demasia de todas as vezes em que pisei a areia que contruímos juntos. As rochas estavam iguais, e eu sozinha. Já não lutava na areia nem brincava com a água... foi duro.
Hoje consigo ter um alguém a meu lado, um alguém que tem tudo para dar certo, basta sermos os dois a querer. Juntos vamos construír, de maneira diferente, tudo aquilo que deixamos a meio.
Vamos caminhando, com cuidado, porque quando uma alma morre a outra sente-se perdida e, muitas das vezes, já não consegue regressar. Acaba por morrer com a solidão cravada como espinho no peito.
Está perfeito. Estás bem?
ResponderEliminarEscreves realmente bem, força por toda essa experiência. Identifico-me com os teus textos. Beijinhos
ResponderEliminar